Bayahibe, República Dominicana

05-09-2017

Um tesouro no Caribe e excelente alternativa a Punta Cana.

Desde que visitei a Isla Saona (uma ilha fantástica no sul da Republica Dominicana) pela primeira vez, que tinha ficado curioso por descobrir aquela zona. Assim, ao chegar a Portugal, após mais uma viagem a Punta Cana fiz o trabalho de casa e descobri duas estâncias balneares naquela zona, Bayahibe e La Romana. No fim optei por Bayahibe, já que La Romana está mais próxima da foz do rio Chavón, e significa isto que em alturas de chuvas, há a possibilidade de haverem detritos provenientes do rio a chegarem a este local.

No dia 18 de julho de 2016, embarcámos por volta das 3:15 p.m. e às 4:00 p.m. estávamos a descolar em direção ao aeroporto de Punta Cana. O voo foi com a Orbest, sem grande turbulência e com espaço para as pernas razoável. As refeições apresentaram a qualidade esperada, pois já conhecia esta companhia de outras viagens em anos anteriores. Pela meia-noite em Portugal, quase sete horas da tarde na República Dominicana, finalmente aterrámos sem grandes problemas.

Optámos pelo hotel Iberostar Hacienda Dominicus por nos parecer ser a melhor opção na zona. Ficámos no Bloco mais próximo do mar (o bloco 7) e da piscina e consequentemente, o mais longe do lobby e buffet. Nada que causasse grande incómodo, já que o hotel era bastante pequeno e não demorávamos mais que 5 minutos desde o quarto ao lobby (na outra ponta do resort). À noite os passeios após o jantar eram espetaculares, pois os jardins e as piscinas estavam iluminados de uma forma impressionante, em perfeita conjugação com a natureza. Em relação ao quarto, este era grande e tinha uma decoração bastante agradável.        

Na chegada ao hotel, ainda no lobby, fomos brindados com um cocktail de boas vindas e com a simpatia dos funcionários. Após o check in estar concluído e as malas terem sido enviadas para o quarto era hora de jantar. O buffet era variado e apresentava bastante qualidade em relação a outros resorts onde já estive. No fim o cansaço já apertava, mas ainda assim fomos espreitar a praia e só depois seguimos para o merecido descanso.

O primeiro dia começou com chuva fraca que rapidamente parou, e por isso optámos por ficar pela piscina enquanto os meus pais foram até à habitual reunião. Para meu espanto, a piscina estava quase vazia! E não era por ser má ou outra coisa qualquer, pois era bastante grande e com uma estrutura muito agradável, possuindo até uma ilhota lá no meio. Tinha ainda um bar-molhado e a temperatura da água era a ideal para refrescar.

Assim que os meus pais regressaram, fomos diretos para a praia. Esta, é fantástica e muito, mas muito superior à de Punta Cana... Aqui sim estamos no mar do Caribe com a areia branca, os coqueiros e o mar chão azul-turquesa tão quentinho! No meio da praia, havia ainda um farol (que eu já tinha visto por duas vezes, ao passar de lancha rápida e de catamarã em direção à Isla Saona), que servia de bar de apoio e que dava uma certa piada à praia! Sem dúvida, uma praia caribenha em todos os sentidos! Percebemos ainda o porquê da piscina estar vazia! Estavam a ser libertadas centenas de tartarugas bebés e por isso a praia estava cheia de gente. Mas ao fim de uma hora, mais ou menos, tudo normal! Passámos o resto da manhã a disfrutar da praia e de tarde aproveitamos para dar alguns mergulhos na piscina e jogar um pouco ping-pong. À noite depois de um grande jantar em família no buffet fomos descansar.

No dia seguinte depois de um bom pequeno-almoço fomos andar um pouco para o lado direito e explorar a zona da praia até umas barraquinhas, mesmo junto ao mar, que vendiam "recuerdos". Sinceramente, eu adoro estes locais tão típicos das Caraíbas, cheios de cor e coisas que simbolizam o próprio país. Regatear os preços é importantíssimo para não sermos enganados! O resto do dia foi passado a fazer snorkeling na praia, e na piscina, no jacúzi e nalgumas partidas de ping- pong! Ao fim do dia decidimos ir dar um passeio noturno pelo hotel e apreciar aquele ambiente tropical... Simplesmente divinal!

No dia seguinte fui ver o nascer do sol... Não foi um dos mais bonitos que já vi, dado que o sol nasce em terra, mas mesmo assim é sempre um momento singular assistir a este fenómeno, especialmente nas Caraíbas! Mais tarde, foi hora de fazer snorkling nos corais... (truque - levem sempre um pouco de pão)...A variedade de peixes era espetacular e ainda deu para ver uma moreia... Mas estava bem-disposta! Antes do almoço, houve ainda tempo para participar em vários jogos proporcionados pela animação, que foi simplesmente espetacular ao longo de toda a minha estadia, muito boa disposição, energia e diversão! Desde o Boss Eliezer, ao Richard Gil, à Wendie Delgado (desculpem-me aqueles que o nome já esqueci) ... Tudo gente boa e com uma energia muito positiva! Por certo voltaremos a ver-nos!...

À noite decidimos experimentar o restaurante La Guleta (steak-house), pratos com excelente apresentação e carne de muito saborosa. Nada a apontar!

No dia seguinte, após uma sessão fotográfica na praia, lá fomos nós dar mais uma caminhada, desta vez para o lado esquerdo da praia, em direção a umas barraquinhas junto à praia. À frente das barraquinhas, a água era de um azul magnífico... Quase irreal... A paisagem era de cortar a respiração! Após algumas compras regressámos ao hotel para disfrutar da praia e mais uma vez nos divertirmos com a animação.

Já não era a primeira vez que visitávamos a República Dominicana. E como tal, já tínhamos feito várias excursões, por exemplo já tínhamos visitado Cap Cana, os altos do Chavón, a Isla Saona por duas vezes, a Isla Catalinita, o parque nacional de los Haitises... mas faltava-me ainda uma parte essencial deste belo país, o interior! Faltava-me conhecer um pouco melhor de como é que é o dia a dia daquela população e visitar as serras.

Então, no dia seguinte saímos por volta das 08.00 a.m. do hotel em direção a uma plantação de cana-de-açúcar. São centenas e centenas de hectares cheios de canas-de-açúcar... Os donos das plantações são companhias norte americanas que por sua vez exportam o açúcar para os E.U.A. A maior parte da população que trabalha nestes campos reside em pequenos "pueblos" junto às plantações e são de origem haitiana. Por cada tonelada que apanham, os trabalhadores recebem apenas quatro a cinco dólares... muito pouco para quem trabalha o dia inteiro ao sol no meio da terra... Com uma temperatura e humidade incríveis. As crianças corriam atrás do nosso autocarro a pedir rebuçados... é nestas pequenas coisas que às vezes vemos a sorte que temos... seguimos caminho. Passámos por uma pequena localidade típica, como tantas outras, onde podemos ver o típico talho dominicano, carne a ser vendida ao ar livre, frutaria dominicana, fruta à venda espalhada pelo chão, motas por todo o lado... com dois, três, quatro, cinco passageiros... Que confusão - ahaha. Ao fim de algum tempo chegámos então à fábrica de tabaco... Pudemos ver como se fazem manualmente os charutos. Passámos ainda por uma seleção de bebidas típicas tanto das Caraíbas como da República Dominicana, como a famosa Mamajuana (um terço de rum, um terço de vinho tinto e um terço de mel). Depois disto fomos dar uma volta de cavalo (dominicano)... numa zona rural. Quer dizer alguns cavalos são automáticos, mas sem botões e mais pareciam póneis!! ahaha... Depois desta bela experiência seguimos por uma estrada de terra cheia de curvas no meio das serras. A vegetação era incrível! Tudo à nossa volta se pintava de diferentes tons de verde. Chegámos então à casa de Maria, uma senhora que atualmente utiliza a sua casa e o seu jardim como ponto turístico. Ainda antes de entrar pudemos tomar contacto com grãos de cacau e café (provenientes do jardim da senhora) e pudemos sentir o cheirinho da comida que estava ao lume... Depois, ao entrar notamos logo a simplicidade da casa e lembrei-me do quão assustador deve ser estar naquele local quando, por ali, passam furacões... No quintal foram-nos mostrados vários tipos de frutos nas árvores, como o ananás, o café, o cacau... E também como se pode fazer chocolate em pó caseiro a partir do cacau... E o método está aprovado (LOL)!! Pudemos também experimentar alguns produtos feitos naquela quinta! Mais natural era impossível! No fim da visita seguimos caminho pelo meio da selva até ao local onde fomos almoçar. O almoço como já era de esperar, foi muito agradável e num ambiente tipicamente do interior da ilha. Seguiu-se a Basílica de Higüey, (Basílica Catedral Nuestra Señora de la Altagracia). Esta Basílica é bastante alta e imponente e as senhoras têm de cobrir as pernas com umas saias que distribuem à entrada... Depois disto regressamos ao hotel.

À noite foi a vez de experimentar o restaurante La Gueisha (japonês). O espetáculo inicial foi muito bom e só por isso valeu a pena! Infelizmente escolhemos mal o prato principal... Falta de experiência!! Ahaha e nenhum de nós comeu o que o chefe preparou na grelha... Mas ainda assim os pratos estavam muito bem confecionados.

No fim fomos ainda beber um cocktail ao lobby.

No dia seguinte, mais do mesmo, pois a vida por aqui é muito dura... Praia, animação e muito, muito descanso! Nos jantares do buffet destaco além da qualidade e variedade que houve três ou quatro vezes lagosta à descrição para os aficionados. Destaco também ainda a simpatia de um dos cozinheiros, o António que todos os dias ficava um pouco à conversa comigo e me servia uns camarões divinais.

No dia 25 optámos por passar a manhã numa grande sessão fotográfica, snorkling e alguns jogos na praia. De tarde aproveitamos a piscina, (geralmente fazíamos praia de manhã e piscina de tarde, já que a animação era muito forte de manhã na praia e de tarde na piscina).

O dia seguinte seria mais um dia normal de descanso não fosse a festa de espuma da parte da tarde na piscina! Espetacular! Muita brincadeira, música e alegria... De facto a animação estava de parabéns. Depois de muita diversão ainda houve tempo para mais alguns mergulhos naquela praia fantástica, e alguns jogos de ping-pong e basquetebol. Na última noite ao contrário do que aconteceu ao longo da nossa estadia, havia fila para entrar no buffet e gerou-se uma grande confusão... Todos queriam passar à frente... Uma situação desnecessária, mas tudo se resolveu com o profissionalismo de Carlos.

No último dia foi a despedida. Era chegada a hora de despedir-me de todos. Levantei-me bem cedo para ir ver o nascer do sol e depois fui dar os últimos mergulhos, participar nos últimos jogos na praia e depois do almoço lá seguimos nós em direção ao aeroporto de Punta Cana. Ao fim de 8 horas de voo (quase sempre a dormir - ahaha) estávamos de volta a casa um pouco cansados e já a desejar um regresso em breve. Até já Eliezer!


*As Imagens são todas minhas e não apresentam qualquer tipo de edição.