S. Miguel, um jardim no meio do Atlântico

09-09-2017

Em 2016 além de Bayahibe, Londres e Sevilha tive ainda a sorte de visitar S. Miguel com o meu grande amigo Omar. Viajamos no início de setembro, pela TAP. O voo foi curto e tranquilo e serviram-nos um snack (uma sandes). Ficamos alojados perto do centro de Ponta Delgada (junto ao coliseu) no Azoris Royal Garden, um hotel de 4 estrelas. A qualidade é mais do que suficiente para uma estadia agradável e com requinte. Os quartos (single) são muito agradáveis apresentando uma decoração moderna e aconchegante. Estes tinham televisão LCD, ar condicionado, internet rápida, produtos para higiene pessoal, secador, banheira, minibar, limpeza diária e vista para os jardins do hotel, que são lindíssimos ou para a cidade de Ponta Delgada, com o mar mesmo por trás. O hotel dispunha ainda de piscina interior e exterior, ginásio, bar, spa, sauna, banho turco, jacúzi  e garagem (estacionamento gratuito para hóspedes).

No primeiro dia por estarmos tão perto do centro de Ponta Delgada, deixámos as malas no quarto e fomos dar um passeio até à cidade e apreciar a vista na marina. Situada no sul da ilha, Ponta Delgada tem várias construções com basalto (pedra vulcânica) como as portas da cidade ou Igreja Matriz de São Sebastião. Achei, desde logo, a cidade muito agradável. À noite jantámos no hotel (tinhamos P.C.), o buffet apresentava alguma  variedade e muita qualidade. No fim aproveitamos para apreciar um pouco a calma do jardim.

No  dia  seguinte alugámos um carro e fomos à descoberta. Seguimos  em direção à famosa Lagoa das Sete Cidades. Antes de lá chegar exploramos ainda a Lagoa das Empadadas, que descobrimos por acaso... Não é das maiores nem das mais belas, mas não deixa de ter a sua beleza, com muita vegetação e natureza envolvente.

Até chegarmos ao destino, parámos mais umas dezenas de vezes para tirar fotos e apreciar as fantásticas paisagens daquela ilha (LOL)... Mal saímos do carro, a primeira coisa que ouvíamos era "MUUUUU..."!! Além das espantosas paisagens, S. Miguel está repleto de Vacas! Por onde quer que andássemos, acabávamos sempre por encontrar vaquinhas - ahaha! Depois de muitas paisagens de cortar a respiração, lá chegamos à famosa Lagoa das Sete Cidades! Com mais de 4 km² de área, este é sem dúvida um dos locais mais belos de Portugal... A conjugação dos tons de verde ao longo das encostas com os diferentes tons de azul e verde da própria lagoa deixaram-me boquiaberto...


Seguimos até Sete Cidades, uma pequena localidade junto à lagoa, onde tirámos várias fotografias e visitámos a igreja de São Nicolau. Outro pormenor interessante da ilha, é o facto das estradas estarem rodeadas por uma camada de vegetação surpreendente.

Depois da curta visita à localidade de Sete Cidades seguimos em direção ao Miradouro da Ponta do Escalvado, perto da Várzea, de onde conseguíamos observar Mosteiros e o seu ilhéu. Depois de passar por Mosteiros, seguimos em direção à Ribeira Grande, por uma estrada muito próxima da costa... Eram só curvas e mais curvas e mais curvas... A certa altura já estava um pouco enjoado (LOL)... E decidimos parar para almoçar. Encontrámos um restaurante com vista mar (e mais uma vez com as vaquinhas mesmo à frente) que se chamava 4 Plátanos... Apesar de nunca termos ouvido falar neste local e estar fora de qualquer localidade decidimos experimentar e foi uma excelente surpresa! Tanto o bife de vitela como o de atum que comemos, estavam divinais. Muito bons mesmo, recomendo.


Seguimos então novamente em direção à Ribeira Grande, onde apreciámos as praias de areia escura! Areia de origem basáltica! Daqui seguimos para Vila Franca do Campo, onde fomos ver o ilhéu, onde acontece uma das etapas do Red Bull Cliff Diving . Infelizmente já era tarde e acabámos por não poder ir mesmo até lá, mas ainda assim tirámos algumas fotos com o ilhéu por trás.


Depois disto regressamos ao hotel, onde ainda houve tempo para alguns mergulhos... até ao jantar no hotel.

À noite, fomos até à marina passear e comer um gelado... Aquela zona ganha vida à noite com todo o jogo de luzes que nos envolve... Fantástico!


No dia seguinte depois dum bom pequeno-almoço no hotel seguimos para a Lagoa do Fogo... Infelizmente o nevoeiro era muito e quase não conseguíamos ver um palmo à frente do nariz... Seguimos, com muito cuidado até à Caldeira Velha, uma reserva da biosfera. Este é um dos meus locais preferidos em Portugal. Passear no meio daquela vegetação, fez-me lembrar a vegetação que encontro quando viajo pelas Caraíbas. Além disto existe ainda uma cascata lindíssima e duas poças onde se pode tomar banho com água quente (por exemplo, na poça da cascata a água ronda os 30ºC). Também a estrada que passa na Caldeira Velha está repleta de vegetação e ao abrir o vidro do carro conseguimos sentir o cheiro das flores e o ar fresco que nos rodeia.

Daqui seguimos para a Lagoa das Furnas onde o famoso cozido das furnas é feito nas fumarolas. É fantástico podermos observar estes fenómenos vulcânicos tão perto e sentir o (mau) cheiro a enxofre... Momentos que nunca mais vou esquecer. Num dos vendedores ambulantes comprámos ainda um sumo natural, que nos foi servido dentro do próprio ananás! Divinal e o ananás ainda serviu para tirar algumas fotos junto à lagoa...

Seguimos até ao Miradouro do Lombo dos Milhos, de onde conseguimos ter uma visão panorâmica das furnas e de todo o meio envolvente! Sem dúvida um local a visitar!

Depois de uma manhã repleta de paisagens de cortar a respiração, decidimos ir finalmente almoçar. Recomendados pela minha prima açoriana, a Inês, decidimos ir até à Ribeira Quente ao restaurante Ponta do Garajau. Esta é uma pequena localidade costeira, onde desagua a ribeira dos Tambores e para lá chegar, tivemos que passar por uma estrada onde só vemos vegetação ao longo de vários quilómetros seguidos... Mas valeu a pena! Provamos as cracas, polvo, bife de atum e de espadarte... Todos os pratos eram muito saborosos e o ambiente do restaurante era bastante agradável... (obrigado Inês!)


Daqui, seguimos para o parque Terra Nostra, um jardim botânico, no vale das Furnas. Um local bastante agradável, onde podemos encontrar uma flora endémica dos Açores ou mesmo plantas nativas de outros climas. Podemos ainda tomar banho no tanque de águas termais.

Ainda voltámos à Lagoa do Fogo, para tentar ver finalmente a famosa lagoa. E tivemos sorte! Apesar de estar nublado, conseguimos de facto ver a lagoa. Para mim este é um dos lugares mais relaxantes onde já estive e aqui, conseguimos ainda ver o norte e sul da ilha.

Depois de visitar este local espetacular, regressámos até ao hotel, para mais alguns mergulhos e mais tarde voltar a Ponta Delgada e fazer a últimas compras.


No dia seguinte disfrutámos novamente do hotel e regressámos ao continente.


*As Imagens são todas minhas e não apresentam qualquer tipo de edição.